Prefeitura paralisa transporte coletivo por 15 dias para barrar coronavírus

Prefeitura paralisa transporte coletivo por 15 dias para barrar coronavírus

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) anunciou, em transmissão nas redes sociais nesta sexta-feira (20), a paralisação do transporte coletivo em Campo Grande pelos próximos 15 dias. A medida está incluída na série de restrições feitas para conter o avanço do novo coronavírus COVID-19.

A suspensão entra em vigor neste sábado (21) e segue pelos próximos 15 dias. “São medidas de impacto, mas não tenho alternativa”, afirmou Marquinhos, ressaltando que os esforços estão sendo feitos para impedir que a pandemia chegue às regiões mais vulneráveis da cidade.

Ele informou ter acompanhado diariamente os números dos usuários, mas não adiantará decreto fixar limite de 20 pessoas em aglomerações se nos ônibus trafegam juntas até 60 pessoas. Conforme o prefeito, várias etapas foram seguidas até chegar nesse ponto. Primeiro, foram suspensas as aulas municipais, depois estaduais, na sequência o tráfego dos idosos e agora será feita a suspensão integral. “Por não ter tido eficiência nos decretos anteriores”, informou.

Em cada garagem, haverá um ônibus de plantão 24h para pessoas enfermas que precisarem ser transportadas, segundo adiantou o prefeito. De acordo com ele, o decreto de suspensão conterá detalhes sobre o funcionamento excepcional incluindo os telefones pelos quais a população poderá entrar em contato para obter informações sobre o serviço emergencial. “O certo é que a partir de amanhã não haverá mais transporte coletivo na nossa cidade”,  enfatizou.

Outras medidas

Na rodoviária, o tráfego será impedido a partir do dia 24. “Principalmente porque a maior demanda das pessoas que passam pela nossa rodoviária vêm do estado de São Paulo ou passam pela capital paulista”, justificou. A imposição é feita após confirmação de mais uma morte em São Paulo, onde foi decretado estado de calamidade.

Na transmissão, Marquinhos informou que as resoluções da prefeitura têm sido tomadas com base em um conselho contendo integrantes do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), MPF-MS (Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul), infectologistas e uma série de profissionais do setor da saúde pública, ‘que nunca viram algo dessa natureza’.

Ele anunciou ainda que o serviço de coleta de lixo continuará, mas a varrição de ruas não será feita no período. Também criticou estabelecimentos que estão sendo ‘irresponsáveis’ mantendo as portas abertas sem seguir as recomendações e adiantou que eles poderão ter os alvarás caçados. Dentre eles, mencionou as academias.

Fonte: Midiamax